A Felicidade do discípulo

// abril 15th, 2013 // Devocionais

FELICIDADE

Bem aventurados ou mais que felizes, são as traduções do termo grego empregado no sermão do monte; mas o que isso significa? qual a lição que o mestre Jesus quer nos ensinar em dizer que seus discípulos são mais que felizes?

Jesus não estava lidando com um tema novo. A felicidade é um conceito tão antigo quanto a história dos seres humanos. Devemos reconhecer que o desgaste da palavra felicidade , de modo que será sempre necessário estabelecermos distinções entre a felicidade apresentada no Sermão do Monte e outras ondas de prazer.

A  felicidade é um estado da alma, uma condição de se perceber realizado com vida, um sentimento de paz interior que, ao que tudo indica, nunca se esgota – há sempre um espaço a mais no campo dos sentimentos, que busca ser mais feliz. Por isso a felicidade está presente na consciência em forma de convicções, valores, realizações, mas também no inconsciente, expressa através de desejos, sonhos e esperanças.

Os filósofos mais clássicos, como Sócrates e Platão, já haviam ensaiado decifrar e explicar o significado da felicidade. Os hedonistas falavam da felicidade como um sentimento exclusivo  de prazer – prazer pelo prazer. Obviamente, não foi este o sentido indicado por Jesus. A alegria do discípulo não deve ser confundida com um prazer meramente produzido pelo seu meio ou circunstancias, pois é dentro de cada um de nós e na relação do encontro com Deus que se experimenta a felicidade.

O Rei Salomão com toda sua riqueza e sabedoria registra em Eclesiastes 2.10-11 que era um homem insatisfeito e infeliz.

Mesmo diante de circunstancias adversas, a felicidade básica do discípulo , seu estado de bem-aventurado, sua condição natural de ser feliz, jamais será extinta. Assim entendemos que a felicidade vai muito além do campo do sentimento e das circunstancias pois o mesmo é construído interiormente a partir de sua humanidade restaurada  pela graça de Deus e seu relacionamento santificado em Cristo Jesus.

Então podemos concluir que a felicidade do discípulo está fundamentada na sua fé. Fé entendida como uma relação paterna com Deus, de onde brotam os valores, princípios e convicções do discípulo.

Em suma, não há nada circunstancial capaz de roubar a felicidade do discípulo de Jesus Cristo. Toda sua felicidade independe de circunstancias externas. É um tipo de felicidade que não depende de circunstancias externas. É um tipo de felicidade que não depende de dinheiro, bens materiais, reconhecimento, prestigio, poder e fama. Uma felicidade assim , transcende o corpo e, consequentemente, não limitada pelo tempo, nem mesmo pela morte.

 

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